terça-feira, 31 de março de 2009

Argumentação filosófica

A Vida em Sociedade

Há duas tendências muito fortes no ser humano: uma para buscar a autonomia, a auto-suficiência, a independência; e outra para fazer parte e pertencer a uma unidade maior.
Essa unidade maior pode ser definida como a família, a nação, uma ideologia, ou seja, um universo maior que tenha um significado importante. Dessa forma o indivíduo se desenvolve, ultrapassa sua individualidade e busca a integração com os outros.
Para se desenvolver de forma equilibrada, a pessoa precisa se comprometer, se adaptar, ceder. Tudo isso não é muito fácil, pois sempre haverá conflitos entre o eu e o outro, entre o querer tudo para si e precisar fazer algo para o outro. A vida em sociedade fica mais fácil quando entendemos que dependemos uns dos outros para viver melhor, e que juntos somos mais fortes.
Os seres humanos não vivem juntos apenas por escolha, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade. Se alguém, por livre vontade, se isolasse numa ilha, com todos os recursos para sobrevivência, em pouco tempo sentiria falta de companhia e sofreria com a solidão, por não ter com quem compartilhar idéias, dar e receber afeto. Poderia até mesmo enlouquecer. Portanto, as pessoas satisfazem suas próprias necessidades vivendo em sociedade.
Quando a auto-estima – a visão que a pessoa tem de si mesma – é positiva, o relacionamento em sociedade torna-se mais fácil, mais saudável e mais satisfatório. O inverso também é verdadeiro, isto é, um bom relacionamento social alimenta a auto-estima positiva.
Para manter um bom relacionamento com as outras pessoas são necessárias algumas condições básicas: sermos autônomos, assertivos, confiantes e termos auto-estima elevada. Sem essas condições, atribuiremos aos outros a causa das dúvidas, fraquezas, incertezas e desconfianças que temos a respeito de nós mesmos.
Em sociedade o eu e o outro sempre se relacionam, e as necessidades sociais vão sendo estabelecidas. Elogiamos e somos elogiados; compreendemos e somos compreendidos; amamos e somos amados; vemos e somos vistos; valorizamos e somos valorizados. Até as frustrações são mútuas: rejeitamos e somos rejeitados; causamos dor no outro e ele em nós; discriminamos e somos discriminados. O certo é que para o bem e para o mal, querendo ou não, o outro é parte de nossa vida e nossa vida é parte do outro.
Muitas pessoas se queixam de que a sociedade define muitas regras e que sem elas a vida poderia ser melhor. A verdade é que cada um deve definir seu limite, respeitar a sua individualidade e também a do outro. Aí surge a pergunta: isso também não é uma regra?
A necessidade de nos mantermos unidos a outros seres humanos não é um capricho ou um desejo individual, é uma questão de sobrevivência orientada pelo instinto e referendada pela razão.
Aproveite para crescer, melhorar e aperfeiçoar-se como ser humano. Assim, você estará sempre motivado para praticar o bem e para o bem-estar de si mesmo e de todos os que convivem com você em sociedade.

“Muitas pessoas se queixam de que a sociedade define muitas regras e que sem elas a vida poderia ser melhor. A verdade é que cada um deve definir seu limite, respeitar a sua individualidade e também a do outro. Aí surge a pergunta: isso também não é uma regra?”

terça-feira, 24 de março de 2009

Filosofia_História

História da Filosofia
A história da filosofia é para muitos a coluna vertebral da epopéia histórica ocidental. É fato que em dois mil e quinhentos anos de existência muitos movimentos revolucionários ocidentais ganham mais sentido e coerência quando analisados em paralelo com a evolução do pensamento filosófico. O estudo da história da filosofia é igualmente indispensável para a compreensão do pensamento de alguns de seus principais personagens.

Filosofia Clássica
A filosofia clássica é geneticamente importante para o próprio espírito do ocidente. Também na Web está foi responsável pelos mais antigos esforços digitais em filosofia. Alguns dos sites aqui listados se aproximam de uma década de existência e foram modelo de inspiração para dezenas de outros posteriores. Confira.

Filosofia Medieval
Sites de filosofia medieval são raros, mas preciosos. Há um verdadeiro universo de informação disponível nestes sites. Nenhum outro período de nossa história concedeu a filosofia um papel de tanto destaque na sociedade. Contudo o período é pouco conhecido, mesmo pelos estudantes de filosofia. Boa pesquisa.

Filosofia Moderna
A filosofia moderna representa para muitos o começo de uma autentica busca pelo saber. Crítica por natureza, esta nova etapa da epopéia espiritual do ocidente é central para sua compreensão. Os séculos XVII e XVIII apresentam os mais importantes pensadores modernos. Na Web existe muito material sobre o tema e estaremos lentamente acrescentando mais sites.

Filosofia Contemporânea
Este período é talvez o mais complexo de ser entendido. Nele, como em nenhum outro, encontramos mais concepções diversas de filosofia que propriamente disputas temáticas. Neste terreno pedregoso encontramos as mais diferentes correntes espirituais e científicas em filosofia. Devemos igualmente á filosofia contemporânea o nascimento de várias subdisciplinas filosóficas, como as filosofias da linguagem e da religião. Aqui listamos alguns sites representativos e incluiremos muitos outros adiante. Boa sorte.

Lógica
A lógica é considerada por muitos uma disciplina propedêutica em filosofia. A lógica esta para a filosofia como a anatomia para a medicina. Nenhum texto filosófico que despreze a estrutura lógica inerente a argumentação é digno de crédito. Esta ciência dos juízos é hoje, como no passado, companheira fiel de toda boa filosofia. Confira.

Ética
Toda ética é filosófica. Para um grandes filósofos, como Platão, a ética é o fim último de toda a filosofia - seu motor e sua razão de ser. Integrados a ética todas os demais ramos da filosofia fazem sentido. Nestes sites você encontrará motivos para crer no que digo. Discutida sob a ótica filosófica ou pragmática, a ética é analisada sob os mais diversos ângulos e posturas.

Estética
A natureza daquilo que chamamos gosto, aqui se discute. O belo é subjetivo ou objetivo? Existe um critério de beleza universal ou fatores de natureza cultural determinam sua heterogeneidade? Até que ponto podemos compartilhar o prazer estético? Estas e várias outras perguntas excitam a atenção de especialistas e amadores na Web. Acesse.

Epistemologia
A epistemologia foi aqui tomada como sinônima de teoria do conhecimento. Todos os sites revelam aspectos deste mesmo problema, emblemático do pensamento moderno - O que podemos saber?

Filosofia Política
Como uma extensão da ética, a filosofia política investiga o sentido da vida social e das relações de poder. Aristocracia ou democracia? Individualismo ou comunitarismo? Várias são as perguntas que a política nos faz. Para responde-las devemos descortinar uma coerente visão do mundo. Muitos artigos e teses estão disponíveis nos sites.

Filosofia da Religião
A religião é reflexo de um estado evolutivo primitivo da cultura ou é inerente ao homem enquanto criatura? A filosofia da religião analisa as implicações éticas, políticas, gnosiológicas e teológicas da existência de Deus. Há muitas questões a serem respondidas e muitas outras a serem elaboradas no interior desta nova disciplina filosófica. Confiram.

Filosofia da História
A história segue regras fixas ou nossos destinos estão marcados pela fria mão do acaso? Os rumos da cultura ocidental estão marcados por um movimento cíclico ou progressivo? Quais são as forças determinantes do processo histórico? Determinismo versos livre arbítrio - é possível compatibilizá-los? A filosofia da história ocupa um lugar de destaque no pensamento moderno. Compreender suas problemáticas e encontrar suas respostas é obrigação de uma filosofia contemporânea honesta.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Relação entre liberdade, ética e conhecimento

Liberdade

De uma forma geral, a palavra "liberdade" significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso, ter pleno poder sobre si mesmo e sobre seus atos.
O desejo de liberdade é um sentimento profundamente arraigado no ser humano. Situações como: a escolha da profissão, o casamento e o compromisso político ou religioso, fazem o homem enfrentar a si mesmo e exigem dele uma decisão responsável quanto a seu próprio futuro.
A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia, é o que confere ao homem o sentido da liberdade entendida como plena expressão da vontade humana. Teorias filosóficas e políticas, de todos os tempos, tentaram definir liberdade quanto a determinações de tipo biológico, psicológico, econômico, social etc. As concepções sobre essas determinações, nas diversas culturas e épocas históricas, tornam difícil definir com precisão a idéia de liberdade de uma forma generalizada.
Do ponto de vista legal, o indivíduo é livre quando a sociedade não lhe impõe nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo. Uma sociedade livre dá condições para que seus membros desfrutem, igualmente, da mesma liberdade. Em 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que engloba os direitos e liberdade que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera que devam ser os objetivos de todas as nações.
A liberdade se manifesta à consciência como uma certeza primária que perpassa toda a existência, especialmente nos momentos em que se deve tomar decisões importantes e nos quais o indivíduo sente que pode comprometer sua vida.
O consenso universal reconhece a responsabilidade do indivíduo sobre suas ações em circunstâncias normais, e em razão disso o premia por seus méritos e o castiga por seus erros. Considerar que alguém não é responsável por seus atos implica diminuí-lo em suas faculdades humanas, uma vez que só aquele que desfruta plenamente de sua liberdade tem reconhecida sua dignidade.
O homem tende a exercer a liberdade em todas as ações externas. Quando elas são cerceadas, frustram-se o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e desprezam-se seus direitos e sua dignidade. Entretanto, apesar de toda a violência externa (e em certo grau também as pressões internas), as pessoas são muitas vezes capazes de manter a liberdade de arbítrio sobre seus atos internos (pensamentos, desejos, amor, ódio, consentimento moral ou recusa), preservando assim sua integridade e dignidade, como acontece com pessoas submetidas a situações extremas de privação de liberdades.Foram as próprias dificuldades teóricas inerentes ao conceito de liberdade que levaram as ciências humanas e sociais a preferirem o termo plural e concreto "liberdades" ao ideal absoluto de "liberdade". Assim, deixando de lado a discussão especificamente filosófica e psicológica, considera-se, cada vez mais, a liberdade como soma das diversas liberdades específicas. Fala-se correntemente em liberdades públicas, políticas, sindicais, econômicas, de opinião, de pensamento, de religião etc. Embora tal procedimento não resolva o problema teórico da natureza da liberdade, pelo menos possibilita avançar na reflexão e nos esforços para ampliar, cada vez mais, o exercício de uma faculdade de importância primordial na vida dos homens e das sociedades.


Ética

"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta".(VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993, p.7)
Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto".
Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:

1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;

2. Ética é permanente, moral é temporal;

3. Ética é universal, moral é cultural;

4. Ética é regra, moral é conduta da regra;

5. Ética é teoria, moral é prática.

Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos", e tem seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos costumes. Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas.
Vários pensadores em diferentes épocas abordaram especificamente assuntos sobre a ÉTICA: Os pré-socráticos, Aristóteles, os Estóicos, os pensadores Cristãos (Patrísticos, escolásticos e nominalistas), Kant, Espinoza, Nietzsche, Paul Tillich etc.

Conhecimento

Conhecimento é o ato de compreender algo usando o raciocínio. É fundado com base na fé, na razão, na cultura ética e moral, na estética e na experimentação.
Pode ser compreendido pelo sujeito que conhece, pelo objeto a ser conhecido e pela imagem.
Há alguns tipos de conhecimento:

Conhecimento Empírico que é o modo comum de se conhecer sem que haja procura ou reflexão;
Conhecimento Científico que se preocupa em analisar e sintetizar explicações e soluções;
Conhecimento Filosófico que é adquirido quando se procura respostas para interrogações e questionamentos;
Conhecimento Teológico que é adquirido como revelação divina pela fé.


RELAÇÃO ENTRE AS 3 IDÉIAS:

Ao meu ver,as 3 idéias são unidas, uma completando a outra.São valores/princípios essenciais numa sociedade em que unidas garantem o convívio harmônico (tendo liberdade de crenças, opiniões sobre determinados assuntos,de escolha...)com o homem se relacionando mutuamente, tomando decisões de consenso como forma de melhorar a sociedade e criar uma futura ainda melhor.